quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Com 15 mil peças, Museu do Estado reabre com duas exposições


Por Paulo Carvalho
repórter de Economia
  
 
Segundo piso: Margot entre quadros, oratório e instrumentos musicais  
O segundo piso do Palacete Estácio Coimbra, antiga residência do Barão de Beberibe e construção símbolo do Museu do Estado, será reaberto hoje, às 19h, com exposição de mobiliário, cristais, quadros e porcelanas antigas. Juntas, as peças recompõem o cenário de uma residência aristocrática do século XIX, dividida aqui em três ambientes: sala de estar, de música e de jantar, sendo a última a única com título, “Espaço Graça Maria e Ricardo Brennand”. O trabalho foi idealizado por Margot Monteiro, diretora da instituição, em parceria com os arquitetos e curadores Carlos Augusto Lira e Eduardo Lira e parte de recorte sobre o amplo acervo do museu pernambucano, hoje com mais de 15 mil peças.  A noite também será marcada pelo lançamento de um selo comemorativo dos 80 anos do Museu do Estado.
“Nenhum dos móveis foi realmente do palacete do Barão de Beberibe. Pertencem ao acervo do museu, que é formado por diversas coleções.  No primeiro piso, também dedicado a uma ambientação do século XIX, segue aberta, mas  reformulada,  a exposição sobre Joaquim Nabuco (aberta em agosto passado), e composta por gravuras, imagens fotográficas e mobiliário”, explica a diretora Margot Monteiro.

No segundo piso, quadros do pintor Parreiras e E. Fonseca (onde são retratadas figuras ilustres como D. Pedro II e Dona Leopoldina, assim com personagens da política pernambucana como o barão de Souza Leão e Rodrigues Mendes) dividem espaço com oratórios e instrumentos musicais, além de com um dos destaques da mostra, a coleção de pratos brasonados, doados em 2009, pelo casal Graça Maria e Ricardo Brennand (coleção considerada por Monteiro, ao lado das coleções de Roque Brito Alves e de Cícero Dias - Suíte Pernambucana -, uma das principais aquisições do Museu do Estado em sua gestão). 

Gestão


Coleção sobre Joaquim Nabuco permanece em exposição 

Há quatro anos à frente do Museu do Estado, a também pintora Margot Monteiro avalia como positiva seu trabalho como gestora de cultura.”Como todo trabalho de cultura é um trabalho de dedicação, empenho, sempre voltado à conscientização.
Um dos destaques foi a construção de parcerias, principalmente a que firmamos com a Universidade Federal de Pernambuco, com quem dividimos a missão da pesquisa, formação de público e construção de identidade”, argumenta Monteiro.

“Temos o privilégio de ter dois espaços de épocas diferentes. No espaço mais moderno, restaurado em 2003, funcionam a administração, o auditório, a biblioteca e exposições modernas e contemporâneas, além de abrigar parte do um acervo múltiplo e de muitas peças pertencentes ao museu. Aliás, esse é um dos nossos grandes desafios. Temos poucas pessoas capacitadas para conservar e restaurar tantas peças.

É difícil encontrar técnicos que saibam trabalhar no acervo, sabendo como guardar, limpar, restaurar, conservar e identificar as peças. Com o novo curso de Museologia, oferecido pela UFPE, esperamos conseguir trabalhar com  um  pessoal novo que esta vindo aí e entrar em uma outra era para o Museu”, avalia a diretora.     
Coleção Etnográfica Carlos Estevão
Em parceria com a Facepe, o Museu do estado disponibilizou ontem, no site” www.ufpe.br/carlosestevao”, cerca de três mil peças da coleção etnográfica Carlos Estevão. Composta por vestuários, adornos corporais e por imagens fotográficas, a coleção foi elaborada pelo folclorista Carlos Estevão de Oliveira entre os anos 1908 e 1946.  “Focamos há 3 anos nesse projeto que foi liderado pelo professor  da UFPE Renato Athias (também conselheiro do Museu). Pesquisamos, catalogamos e uma parte dela foi disponibilizada no site.

Isso propicia diversos intercâmbios, como o realizado no mês passado com duas pesquisadoras do Museu Etnográfico de Madri”, destacou Monteiro, para quem a coleção de ex-votos, de porcelana, de gravuras, de quadros e de livros raros do museu também podem passar pelo mesmo processo de virtualização.

Um comentário:

Anônimo disse...

“Nenhum dos móveis foi realmente do palacete do Barão de Beberibe? aprende varias coisas muito legais!
aluna:edlla hanna alves de lira
serie:8°b
escola:weigelia galvão
parabéns! blog