sexta-feira, 18 de março de 2011

Teoria da Evolução: uma mentira sesquicentenária

Fabio Vanini
Têm eles [os modernistas] por princípio geral que numa religião viva, tudo deve ser mutável e mudar-se de fato. Por aqui abrem caminho para uma das suas principais doutrinas, que é a evolução.”
(Pascendi Dominici Gregis, São Pio X, 1907)

 No ano de 2009, foi comemorado os 150 anos da publicação da primeira edição de “A Origem das Espécies”, ou “Sobre a origem das espécies através da selecção natural ou a preservação de raças favorecidas na luta pela vida". Neste mês de fevereiro, mais precisamente, o Naturalista inglês Charles Darwin completaria 200 anos, idade máxima estimada para as tartarugas das Ilhas Galápagos.

Esses aniversários não mereceriam nossos comentários se não tivéssemos sido provocados a fazê-los, uma vez que o aniversário de uma teoria tão remendada e em nada comprovada é tão importante quanto o aniversario de uma tartaruga. E as provocações vieram de dois modos.

O primeiro deles foram as dezenas de noticias tratando do assunto, mostrando que uma teoria tão robusta que deve ser tomada por lei. Curiosamente, muitas delas na mídia católica ou declaradamente anti-católica. Ai de quem não aceitar esse dogma pseudo-cientifico, derivado diretamente da alquimia e do misticismo romântico do século XVIII. Vivas aos bispos, padres e monges que defendem a lei da evolução, enquanto os cientistas testam incessantemente - com financiamentos evolutivos - a teoria. Noticiou-se que a oposição à teoria seria ridícula, ignorante e não merecia nem desprezo dos sensatos. Sensatos seriam os religiosos que fundamentam sua meditação bíblica e filosófica na incerteza necessária da ciência moderna materialista, atéia e neo-darwinista.

A segunda provocação foi a acusação de estarmos contra a Igreja, pois que esta já aceitara Darwin e sua descendência. Já teria havido até pronunciamento oficial, dogmático e infalível. Portanto, seríamos hereges, ou melhor, menos aptos, primitivos, defensores de uma idéia plesiomórfica. Hoje em dia, idéias históricas ou cientificas podem ser causa de excomunhão... a fé e a moral, no entanto, seriam de livre interpretação e uso.

A Teoria da Evolução e a mídia

 Foi-nos enviada por um amigo uma reportagem de capa da revista Veja de 11 de Fevereiro de 2009. Ali celebram-se Darwin e todas as suas conseqüências. Ali, o evolucionismo é enfiado garganta abaixo dos leitores incautos, que não percebem a malícia de se fazer uma reportagem tão ricamente ilustrada e colorida, tão pobre de argumentação, destilando sofismas há muito tempo conhecidos – já bem gastos – e nunca comprovados.

Ao ler a reportagem, obviamente superficial e já muito digerida, tem-se a impressão de que serão expostas novidades cientificas que realmente evidenciem a teoria. Espera-se, a cada parágrafo, o relato do encontro com o “elo perdido”, o graal do herege jesuíta Teilhard de Chardin.
Nada...
Pula-se para os gráficos e quadros. Certamente, estarão ali discriminadas as evidências da evolução biológica, os fósseis intermediários, as moléculas vitais geradas espontaneamente em laboratório, etc. Nada.

O que há ali noticiado é velho. Apenas os casos são novos, mas sejam as “superbactérias”, sejam as pombas do pombal de Darwin, o sofisma é o mesmo. Nem isso evoluiu realmente.

Darwin conceituou evolução como “descendência com modificação”. Outros cientistas posteriores aprimoraram para “mudança de freqüência gênica”, “mudança das características hereditárias de uma população de uma para outra”, etc.
Falso.
Evolução é a mudança de espécie. Para haver evolução, em seu sentido biológico mais profundo, é necessário que haja, seja ela gradual ou aos saltos, especiação. Esse é o ponto fundamental de qualquer Darwinismo. Isso é o que nunca se viu, nunca se verá, mas sempre se engoliu. O que se evidencia é a mudança acidental nos seres. O que se conclui é que há, portanto, mudança formal, essencial.

Dizem os cientistas que a mudança de espécies é um objeto que não cabe no telescópio da ciência humana. Temos que conhecer essas mudanças maiores, ou a “macro-evolução” medindo as mudanças menores, as “micro-evoluções”.

Falso.

Estão sendo medidos objetos diferentes. É um erro crasso, fundamental, primário, como medir comprimento e se concluir temperatura.
Todos os exemplos dados na reportagem de Veja são casos de tolerância metabólica, resistência biológica ou sucesso reprodutivo puramente acidentais. Não se pode aprovar Darwin com eles.

Curiosamente, a reportagem trás como o primeiro dos cinco pilares que sustentam a teoria o principio de que o mundo não foi criado por Deus. E a reportagem tem razão sobre esse aspecto do Darwinismo. É uma ciência atéia. Donde se conclui que quem reza o credo católico e o credo Darwinismo está, obrigatoriamente, em contradição.
Outro pilar da evolução é a idéia de um ancestral comum. Ignorantes seriam os que dizem que o homem veio do macaco. Ambos tiverem um ancestral comum. Outro macaco...
           
Em outro ponto da reportagem, são destacados os vultos históricos que se opuseram à idéia de uma evolução biológica, desde seu surgimento. Como era de se esperar, cada opositor possui em sua ficha resumida uma tese cientifica ridícula ou ridicularizada, de modo que o leitor é induzido a achar que Darwin foi a vitória da lógica, do bom senso e da ciência sobre uma superstição cega e estulta. Não dizem, por exemplo, que Mendel, Pasteur e Lineu, tão caros para a ciência moderna, não eram evolucionistas e suas contribuições para a ciência não vão contra o criacionismo. Antes, o complementa e enriquece.
           
Obviamente, os grandes e exaltados cientistas da história que tiveram uma contribuição única e que, ao mesmo tempo, possuíam uma face mística, eram gnósticos, alquimistas ou astrólogos, como Newton e Kepler. Essa é a “fé” que pode se unir à ciência racional, pois gerou frutos que iluminaram o obscurantismo a que a Igreja Católica submetia o mundo.

           
(A reportagem de Veja, em toda sua “profundidade” e “imparcialidade” pode ser vista em http://veja.abril.com.br/110209/p_072.shtml)
           
 Enquanto isso, a mídia cientifica, séria e para poucos, divulga:
            
“Enquanto que profundos progressos foram obtidos nestes últimos 20 anos abrangendo todos os aspectos da pesquisa sobre a origem da vida, ainda há lacunas críticas, especialmente da teoria do mundo de RNA, e nenhuma evidência experimental para um cenário consensual. Nós ainda não sabemos como a vida surgiu em nosso planeta, e possivelmente nunca saberemos, uma vez que tratamos aqui de um problema histórico para o qual registros fundamentais podem ter desaparecido completamente” (Patrick Forterre e Simonetta Gribaldo, ambos do Instituto Pasteur de Paris, HSFP Journal, setembro de 2007, The origin of modern terrestrial life, vol I, tradução e destaques nossos).
           
Essa ausência de evidências obrigou o radical Richard Dawkins a admitir que a resposta pode estar em outros pla-netas...

CONTINUA...

ENVIANDO PELO NOSSO AMIGO E LEITOR MANOEL CARLOS

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