sábado, 24 de novembro de 2012

Há 153 anos, Darwin publica Teoria da Evolução





Charles Darwin
No ano de 1859 foi dado o mais radical dos golpes contra a "ordem mundial divina". O cientista inglês Charles Darwin publicou Sobre a origem das espécies através da seleção natural, obra na qual havia trabalhado por 20 anos. 

A história da criação do mundo proposta por Darwin tornou-se um best-seller da noite para o dia: os primeiros 1.250 exemplares impressos estavam esgotados já no dia seguinte.

Apesar de todos os protestos, a teoria darwiniana se impôs no meio científico. As provas apresentadas pareciam por demais concludentes para serem contestadas: variação, seleção, estabilização da seleção e, repetidamente, o acaso.

Darwin afirmava que as espécies são criadas e exterminadas a partir do "princípio da tentativa e do erro"; seres vivos superiores desenvolvem-se, assim, a partir de formas menores. 

A evolução, que tem como base esse princípio, foi também considerada válida para os seres humanos.

Segundo Darwin, não somos nada além de mamíferos que caminham eretos. 

O choque do século se completava: o homem deixava de ser a imagem e semelhança de Deus para tornar-se um sucessor do macaco. Na época, Darwin não teve a coragem de dizer isso abertamente, embora certamente deva ter especulado a respeito.

Levado pelo espírito pesquisador de seu tempo, o cientista inglês passou cinco anos dando a volta ao mundo a bordo do navio Beagle. Nessa viagem, recolheu toda gama de informações e observações que depois viriam a ser sistematizadas e categorizadas ao longo de sua vida. 

Para isso, o pai da Teoria da Evolução examinou as mais variadas formações geológicas, bem como a multiplicidade de organismos e fósseis encontrados nos diversos continentes e ilhas que visitou.

Lei do mais forte

Ao passar pelas Ilhas Galápagos, por exemplo, Darwin anotou em seu diário de pesquisas que em cada ilha do arquipélago havia diferentes espécies de tartarugas, tordos e tentilhões. Apesar de parentes próximos, os animais encontrados em cada ilha diferenciavam-se no tamanho e na forma de alimentação.

Baseando-se nessa observação, Darwin concluiu que todas as espécies semelhantes entre si haviam se desenvolvido a partir de uma origem comum. Esse mecanismo, que levaria as espécies a modificarem-se para se adaptar ao meio ambiente, ele denominou "seleção natural", que faz com que apenas os mais fortes sobrevivam.

Em suas viagens pelo mundo, Darwin chegou à conclusão de que o homem não surgira como criação divina. Mais do que isso, o ser humano foi considerado por ele como produto final – mas ainda provisório – de uma linha de evolução biológica.

A teoria darwiniana questionava, assim, as explicações bíblicas de criação do mundo descritas no Gênesis. Um deus que faz diversas tentativas, comete erros e, mesmo sem dilúvios punitivos, tem que começar tudo de novo, definitivamente não combinava com a imagem do criador todo-poderoso encontrada na Bíblia.

O ateísmo propagado pelo espírito científico abalou os fiéis, para os quais os "hereges" estavam condenando o mundo à destruição. O clero, no entanto, reagiu com cautela. 

Afinal, dois séculos antes a Igreja já fora obrigada a reconhecer que o Sol realmente não girava em torno da Terra, indo contra bulas papais e tribunais da Inquisição. E agora mais esta: não fora Deus a criado todos os seres, mas sim, acima de tudo, o acaso!

Darwin privava o ser humano de sua condição especial no universo, colocando-o sob o jugo da biologia. Segundo a teoria darwiniana, também o homem precisa adaptar-se às exigências do habitat natural e, no decorrer dos séculos e milênios, fora se modificara junto com o meio.

Criacionismo

A teoria de Darwin trouxe sérias consequências, acima de tudo para o mundo cristão. No entanto, apesar do progresso científico, não foram derrubadas todas as crenças religiosas que envolvem a criação do mundo. 

Pelo contrário: nos últimos anos tem crescido o número de fundamentalistas religiosos que creem na veracidade absoluta das palavras bíblicas, em todos os sentidos.

Nos Estados Unidos, os chamados criacionistas declararam – com sucesso – guerra à "teoria do macaco" de Darwin, desde que esta foi publicada. A influência dessa corrente faz com que em alguns estados norte-americanos o criacionismo seja ensinado nas escolas.

Ainda hoje, é terminantemente proibida, nas escolas de alguns estados, a simples menção à existência da Teoria da Evolução de Darwin. Em vez disso, ensina-se dogmaticamente uma interpretação literal da teoria da criação presente na Bíblia.

Entretanto, como a origem do mundo e do ser humano é assunto sério demais para ficar relegado a rivalidades entre cientistas, a controvérsia entre evolucionistas e criacionistas acabou por atingir a esfera política e social. 

Em 1996, o próprio papa João Paulo 2º anunciou em Roma que a Teoria da Evolução de darwinista seria compatível com a fé cristã.

Enquanto isso, nos EUA, neocriacionismo versus evolucionismo seguiu sendo uma questão de fé. Em sua campanha eleitoral no ano 2000, o presidente George W. Bush defendeu um tratamento igualitário das duas correntes nas escolas norte-americanas, provavelmente pelo fato de, na época, 45% dos cidadãos norte-americanos afirmarem acreditar no criacionismo.

Barbara Fischer (sv/av)

Fonte: http://www.dw.de

23 comentários:

manoel carlos disse...

mais uma vez se tenta destruir o trono de DEus sem sucesso. a teoria desse cidadão a´te hoje não foi provada, demonstrada, etc!
DEus criou o homem!

manoel carlos disse...

A Teoria da Evolução contra a ciência e a Fé (O conto do macaco)
Raul Leguizamon - Revista SEMPER
O autor, Raul Leguizamon, é argentino, de Córdoba, e membro da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Este seu artigo foi publicado no número especial de verão do ano 2001 da revista SEMPER, periódico editado pela Fraternidade.
É interessante como em sua argumentação o autor se exprime de maneira objetiva e coerente, e ao mesmo tempo com espírito de humor, mostrando as incoerências científicas da evolução darwinista, comparada por ele a um dogma de fé.
Mantivemos praticamente na íntegra tanto a grafia como as expressões típicas do Português de Portugal, para guardar o mesmo sabor que encontrariam em sua leitura nossos leitores de além-mar.

________________________________________

Introducão

Os dogmas de fé são muito difíceis – se não impossíveis – de refutar com argumentos científicos. A história da humanidade sobejamente o testemunha.

O nosso tempo não escapa, decerto, a esta regra, já que na atualidade, como em todas as épocas, uma boa quantidade de pessoas segue obstinadamente crendo coisas não só desprovidas de todo o fundamento científico, mas, além do mais, em franca contradição com o conhecimento científico que hoje possuímos.

Para dar um exemplo, entre centos, do atrás dito, referir-me-ei à insólita crença atual de muita gente – curiosamente, muitos deles cientistas – de que o homem descende do macaco. Sim, senhor! Assim, tal e qual.

Porque tem de saber-se que o tal pensado e manipulado "antecessor comum" do homem e do macaco, de que falam muitos cientistas e divulgadores. não é nem pode ser outra coisa senão um macaco. 0 suposto .”antecessor comum” seria certamente chamado macaco por alguém que o visse, afirmava o ilustre paleontólogo da Universidade de Harvard, George G. Simpson. É pusilânime, senão desonesto, dizer outra coisa, acrescentava Simpson. E desonesto, acrescento eu.

De maneira que todos os esforços dos antropólogos e investigadores deste tema, não se dirigem, de modo algum, a dilucidar, objetivamente e sem preconceitos, de que modo se originou o homem, mas de que macaco veio.

Por outras palavras: o postulado da nossa origem simiesca é uma convicção da qual se parte, e não uma conclusão a que se chega.

manoel carlos disse...

Ora bem, esta convicção, que muitos cientistas e divulgadores sustentam encarniçadamente (até ao ponto de mostrá-la ao mundo como um fato científico e demonstrado!), é – por definição – algo que está fora do campo da ciência experimental, que se baseia, precisamente na observação e reprodução experimental do fenômeno sob estudo. Coisas evidentemente impossíveis neste caso.

De maneira que, e com risco de não respeitar o significado das palavras, esta crença na origem do homem a partir do macaco é só uma hipótese de trabalho, uma suposição, uma conjectura, mais ou menos razoável, mais ou menos coerente, mais ou menos disparatada, mas sempre de caráter hipotético. Não só não demonstrada, mas, ainda mais – por definição – indemonstrável. E a ciência é demonstração.

O que a ciência pode legitimamente fazer a este respeito, é abordar o tema de forma indireta, isto é, examinar a suposta evidência científica que demonstraria a transformação do macaco em homem e, sobretudo, o mecanismo que se propõe para explicar essa transformação, para ver se dito mecanismo está em coerência ou em contradição com leis científicas bem estabelecidas; ou, ao menos, com a sensatez.

Por outras palavras, se bem que a ciência não possa dizer-nos como foi realmente a origem do homem – por tal ser metodologicamente impossível – pode dizer-nos, em troca, como não pôde ter sido essa origem.

Esclarecido este ponto, digamos que o que hoje vemos (base primeira do método cientifico), é que os homens originam-se de homens, e que os macacos engendram macacos. Por conseguinte, e em razão do princípio científico da uniformidade metodológica, segundo o qual o presente explica o passado, legítimo é supor que os homens sempre se originaram de homens e nunca de macacos. São os cientistas que sustentam o contrário (isto é, que alguma vez os macacos engendraram homens, ou se transformaram em tais) que tem o ônus da prova.

manoel carlos disse...

Quer dizer, os que deviam carregá-los, se este tema fosse tratado com um mínimo de rigor e honestidade científica.

Como não é, resulta que, paradoxalmente, se aceita como dogma de fé (em nome da ciência – imagine-se!) que o homem descende do macaco; e a partir deste dogma interpretam-se e manipulam-se os dados científicos.

Mas, por que – tem de se perguntar – esta convicção tão categórica sobre a nossa origem? Quais são os fundamentos científicos de tamanha certeza? Bom, como disse atrás, fundamentos propriamente científicos não os há. A razão determinante e fundamental pela qual muitos autores crêem que o homem se originou a partir do macaco, é porque aceitam cegamente a hipótese evolucionista-darwinista que tal afirma. E ponto.

Não obstante, como numerosos cientistas, divulgadores, "charlatães cósmicos" da TV, revistas "muito interessantes", livros de texto e trovadores diversos nos saturam diariamente com as "evidências científicas" que "demonstram" a origem simiesca do homem, vale a pena analisarmos sucintamente estas supostas evidências "indubitáveis", segundo os mais fervorosos crentes na hipótese evolucionista-darwinista.

manoel carlos disse...

Semelhanças

Pois bem, ainda que o leitor, como bom profano no tema – tal como eu – nunca se tenha dado conta ou, o que é mais provável, nunca lhe tenha outorgado a menor importância, o fato é que entre os macacos e os homem ... há semelhanças!

De acordo com esta sensacional descoberta – de cortar a respiração, realmente – existem sem lugar a dúvidas, semelhanças entre os macacos e o homem. Efetivamente: temos olhos como os macacos, quatro extremidades, estômago, fígado, pulmões, coração com quatro cavidades, sangue quente (depende ...), etc.

Se o leitor continua acreditando, obstinada e cepticamente, que tudo isto não significa absolutamente nada, e que existe – apesar das semelhanças – um abismo entre o macaco e o homem, creia que está em muito boa companhia, já que milhares de cientistas no mundo (e cada vez mais) opinam exactamente o mesmo.

E milhares são, estimado leitor. O que sucede é que a sua opinião não chega ao público, pois que neste assunto existe uma censura feroz. Outra qual Inquisição e Santo Ofício! Os cientistas que não aceitam o "dogma darwinista" são, inexoravelmente, excluídos dos âmbitos acadêmicos e dos meios de difusão.

Mas os crentes na hipótese da origem simiesca do homem, que são, ademais – tenhamos isto bem presente – os que "têm a manivela" política, financeira e acadêmica, insistem com místico fervor nas semelhanças.

manoel carlos disse...

O Elo Perdido

Insistem, pois, não só nas semelhanças atuais, que demonstrariam, em todo o caso, que os macacos são, de acordo com a hipótese darwinista, nossos "primos"; mas também, e sobretudo, nas semelhanças fósseis, que certificariam a existência do assim designado "antecessor comum", isto é, um macaco em vias de se fazer homem: o célebre "elo perdido", que já não existe, segundo dizem, mas que houve um tempo, vai para muitos anos, que parece que sim.

Este mítico "elo perdido", logo após engendrar o homem, teria desaparecido; ninguém tem a mais remota idéia porquê. Mas muito temo que o teria feito para não arcar com a tremenda responsabilidade de ter gerado algo tão perigoso e inadaptado como o que acusam de ter gerado: a ovelha negra da família, realmente ...

De todos os modos, a excelsa dignidade desta sublime relíquia (o "elo perdido") suscitou grande fervor entre muitos cientistas que desde há mais de um século empreenderam inumeráveis expedições para o achar.

A busca do "elo perdido" foi, e é, o alfa e o ômega da antropologia. Algo assim como os cavaleiros do Rei Artur em relação ao Santo Graal.

E qual e o critério para decidir se um fóssil é o famoso "elo perdido"? Muito fácil: todo o fóssil de macaco que tenha semelhanças com o homem é – até que se demonstre o contrário – o "antecessor comum.


Fósseis

E ainda que o leitor não acredite, existem, definitivamente, fósseis de macacos que mostram semelhanças com o homem. Assim é. Acontece que alguns restos fósseis de macaco têm incisivos e caninos mais pequenos que outros macacos, em forma semelhante aos do homem. Isto constitui, para muitos investigadores, uma "demonstração" de que estes macacos teriam sido nossos antepassados, sem ter em conta – ao que parece – que existem macacos vivos (o Babuíno Gelada, por exemplo) que também têm incisivos e caninos pequenos – como os do homem – sem deixarem por isso de ser menos macacos que os seus congêneres.

Inclusivamente, o antropólogo Clifford Lolly assinalou, há mais de vinte anos, que as ínfimas variações no tamanho e forma dos dentes de um animal são simplesmente o produto de uma adaptação a um tipo especial de dieta e que carecem de qualquer significação genealógica.

Outros restos fósseis de macaco parecem indicar que os ditos seres caminhavam de forma aproximadamente ereta (bípede), com o que se conclui, triunfalmente, que esses macacos estavam fazendo-se homens.

O que, geralmente, muitos autores se esquecem de esclarecer o público, é que vários macacos atualmente (Hilobates moloch, Pan paniscus, entre outros) caminham de forma aproximadamente ereta. Mas, que eu saiba, nenhum destes simpáticos primatas manifestou o mínimo sentimento de assombro, nem de júbilo, nem sequer de horror (que seria muito mais lógico), ante a apaixonante aventura de se estarem transformando em seres humanos.

Mas, perguntará algum leitor, que se passa com o famoso Homem de Neanderthal, o Pitecanthropus erectus, os Australopithecus africanos? Não são estes verdadeiros "hominídios", antepassados do homem?

Vamos por partes. Para começar, digamos que o Homem de Neanderthal não é certamente um "hominídio". Apesar da "difamação antropológica" darwinista (a expressão é do famoso antropólogo americano Ashley Montagu), que o mostrou durante cem anos (e ainda hoje!) como um bruto semi-curvado, de aspecto feroz e estúpido, cacete ao ombro e escondido na sua caverna, hoje é fato universalmente aceite que o Homem de Neanderthal era completamente sapiens, ainda que com algumas degenerescências produzidas por enfermidades (artrite e raquitismo) e por circunstâncias ambientais adversas.

manoel carlos disse...

Apesar do carácter plenamente humano do Homem de Neanderthal ser conhecido desde 1957, é freqüente ainda hoje, todavia, encontrar a sua representação semi bestial; e não só em livros e revistas de divulgação. Não! Por exemplo, o modelo recente semi-bestial do Homem de Neanderthal foi retirado do Museu Field de História Natural de Chicago em 1975. Foi lançado ao lixo, lugar que lhe correspondia? Não senhor, foi retirado do primeiro piso (origens do homem) e colocado no segundo piso, junto aos dinossauros, com uma legenda que diz: "modelo alternativo, do Homem de Neanderthal" (!). É de sublinhar que a secção dos dinossauros é a mais visitada, em especial por crianças e jovens das escolas e colégios... Este é um exemplo acabado de "honestidade científica ".

A respeito dos assim chamados "Homo erectus" (Pitecanthropus e Sinanthropus), haveria muito que dizer. Dos achados originais que deram lugar a este grupo taxonômico, um deles, o Homem de Java (Pitecanthropus erectus), teria sido – segundo o seu próprio descobridor, E. Dubois – simples e unicamente um macaco (gibão) de grande tamanho. O outro, o Homem de Pekin, tem todas as aparências de ter sido outra de tantas fraudes que se cometeram neste assunto. Os supostos "Homo erectus" descobertos mais recentemente em África (Leakey e Walker, 1984) parece que, pelas descrições, seriam neanderthales isto é, sapiens.

Em relação aos tão falados Australopithecus de África (incluindo Lucy) desde já esclareço, leitor, que estes são seres definitivamente macacos, não há discussão a tal respeito: um metro de estatura; capacidade craniana entre 500 e 600 c.c. (como o chimpanzé, por exemplo; a do homem é de cerca de 1.500 c.c.); forma do crânio "caracteristicamente simiesca" (Lord Zuckerman); capacidade para deslocar-se pelos ramos como ou melhor que o orangotango (Charles Oxnard), etc.

Todos esses outros nomes que se lêem ou escutam (Ramapiteco, Dryopiteco, Kenyapiteco, Sivapiteco, etc.) são todos, sem excepção, "macacopitecos".

O problema está em que o termo "hominídio" designa, precisamente, qualquer macaco que caminhasse mais ou menos como bípede, ou que o seu descobridor sustenta que caminhava, e que tenha dentes mais pequenos que os outros macacos. Isso já é bastante para graduar-se como "hominídio" e para que o seu descobridor (ou inventor) se transforme, da noite para o dia, num Júlio César da antropologia.

manoel carlos disse...

Com respeito a estes critérios, tampouco se duvida que sejam demasiado exagerados, já que com apenas um dente, um pedacinho de mandíbula ou um bocado de crânio, um antropólogo pode reclamar o estatuto de "hominídio" para o seu achado.

Em última instância, um "hominídio" é qualquer coisa que um antropólogo batize como tal... Inclusivamente um Homo sapiens, como sucedeu ao Homem de Neanderthal!

Ainda que haja logo retratações ou refutações, o fato é que na história da Antropologia abundam os exemplos de "hominídios" criados desta maneira. Basta recordar, por exemplo, o famoso Homem de Nebrasca, "criado" em 1922 com base num molar, que logo se descobriu pertencer a um pecari.
Nas ilustrações da época apareciam o senhor e a senhora Homem de Nebrasca com os seus dois filhos, varão e nina – decerto a família tipo, digamos; indumentária: tanga, naturalmente; habitação: caverna, claro está; ele de cacete ao ombro, ela amamentando, etc. Tudo isto, repito, com base num molar de pecari, espécie de porco selvagem americano.
A partir de 1960 e durante vinte anos, o antropólogo David Pilbeam sustentou que o Ramapiteco era um "hominídio", baseado num par de dentes e nuns bocadinhos de mandíbula. Em 1984 mudou de opinião e agora crê que é um macaco qualquer. Mas, entretanto, o seu publicitado Ramapiteco valeu a Pilbeam passar de professor de Antropologia da Universidade de Yale para a de Harvard (nada menos!). Isto, se não demonstra a evolução do Ramapiteco, pelo menos prova a "evolução" de Pilbeam.
Em 1980, famoso o antropólogo americano Noel Boaz chamou clavícula de um "hominídio" ao que logo se viu ser a costela de um golfinho! Segundo este antropólogo, a forma da clavícula sugeria que o ser em questão era um chimpanzé que caminhava ereto. Como haveria de ser batizado este "hominídio"? "Blooperpithecus", talvez? ("Blooper" é o termo inglês que designa um engano embaraçoso - N. T.) Em 1984 teve que cancelar-se apressadamente um congresso internacional de antropologia em Espanha, durante o qual ia ser apresentado à sociedade o recentemente achado Homem de Orce (Andaluzia), por se descobrir que o fragmento de crânio encontrado pertencia, na realidade, a um burrico.
Enfim, a lista é longa. E é talvez por isso que Sir Solly Zuckerman, uma das máximas autoridades mundiais em anatomia, no seu livro Beyond the lvory Tower nega o caráter científico de todas estas especulações sobre fósseis, comparando o estudo dos supostos antepassados fósseis do homem com a percepção extra-sensorial(!), no sentido de estarem ambas as atividades fora do registo da verdade objetiva, e onde qualquer coisa é possível para o crente nas ditas atividades.

manoel carlos disse...

Moléculas
Como todo este assunto dos fósseis era tão débil que não resistia, nem resiste, ao menor exame crítico, os crentes na hipótese da origem simiesca do homem decidiram buscar novos horizontes hermenêuticos para poderem demonstrar a hipótese. E assim apareceu o argumento das semelhanças moleculares.
Antes de prosseguir, acho conveniente dar um esclarecimento categórico: todos estes argumentos, baseados em semelhanças, para estabelecer parentescos, são apenas sofismas, pois parecido e parentesco são duas coisas perfeitamente distintas. O fato de que indivíduos aparentados tenham, geralmente, semelhanças, não autoriza, de maneira nenhuma, concluir que indivíduos ( ou espécies) com semelhanças sejam, necessariamente, aparentados.
Sustentar o contrário, isto é, que a semelhança por si mesma constitui uma prova de parentesco, é uma proposição que, estou certo, nenhum biólogo aceitaria defender, já que pelo bem conhecido fenômeno da convergência biológica, estruturas e funções praticamente idênticas podem desenvolver-se em indivíduos ou espécies não relacionados geneticamente. De modo que toda a argumentação baseada em semelhanças, para provar parentescos, carece de fundamento científico.
Mas voltemos ás semelhanças moleculares. Já há vários anos, alguns cientistas, num tom deliciosamente jubiloso, demonstraram que existem algumas moléculas (proteínas e ácidos nucléicos) semelhantes no homem e no chimpanzé. Com o que ficava "demonstrado" que o homem era parente próximo deste antropóide. E o alvoroço foi indescritível. Mas durou pouco. E em breve se transformou numa verdadeira catástrofe, entre outras coisas, porque as árvores genealógicas entre o macaco e o homem propostas pelos biólogos moleculares estavam em franca contradição com as árvores genealógicas propostas, com base nos fósseis, pelos paleontólogos.

Ó céus! Claro, os novos exegetas não imaginavam, sequer remotamente, no que se metiam. Com ingenuidade própria de crianças – ao cabo e ao resto, delas é o Reino – abalançaram-se, exultantes de regozijo, a buscar semelhanças moleculares para demonstrar, desta vez sim, "cientificamente", como tinha sido o percurso do macaco ao homem.

Quando começaram a compreender, já era tarde. Porque o que encontraram derrubava todas as supostas árvores genealógicas construídas pacientemente pelos antropólogos, durante anos e anos de esforçado e imaginativo labor. Uma verdadeira tragédia evolutiva.

manoel carlos disse...

Tantos anos a colecionar um ossinho aqui, outro ali, alguns dentes acolá, para montar a "evidência" da nossa origem; tantos anos a fabricar modelos em plástico (totalmente imaginários) dos nossos "antepassados" (vestuário, corte de cabelo, cor da pele e hábitos laborais e matrimoniais incluídos); tantos anos a manipular dados radiométricos, a fazer desaparecer os fósseis "heréticos", quer dizer, que "não encaixavam" na hipótese; tantos anos a dizer ao mundo, desde a cátedra eminente ao livro de divulgação, como e quando o macaco se havia transformado em homem e agora ... tinha que se mudar tudo! Não há direito!

E não era para menos. Para começar, segundo os antropólogos moleculares (sobretudo Vincent Sarich e Allan Wilson) o macaco e o homem ter-se-iam separado do "antecessor comum" há apenas uns cinco milhões de anos; enquanto os antropólogos fósseis (quer dizer, que se dedicam ao estudo dos restos fósseis, claro) tinham demonstrado à saciedade que a separação teria ocorrido há uns vinte ou trinta milhões de anos (!).

Esclareço o leitor que isto de milhões de anos são apenas especulações baseadas na hipótese darwinista. Não há nenhuma evidência científica séria de que estes milhões de anos tenham realmente existido. Menciono-os, simplesmente, para mostrar as grosseiras incoerências desta hipótese, a partir dos dados dos seus próprios aderentes.

Alguns, sobretudo entre os antropólogos fósseis, exclamaram: heresia! – e começaram a brandir ameaçadoramente os seus ossos. Os moleculares, entrincheirados nas suas provetas, ameaçavam com represálias a cargo de mutantes.

O problema é que, para saber o que é heresia, é imprescindível conhecer primeiro o que é a ortodoxia. O mesmo é dizer que deve, necessariamente, existir uma teoria solidamente estruturada e uma autoridade que a proclame. Mas, se cada antropólogo fabrica a sua própria árvore genealógica, segundo a sua própria imaginação – com base em que dentes vai censurar a imaginação de outro antropólogo? Se qualquer coisa é "ortodoxia", nada é heresia.

manoel carlos disse...

De qualquer modo, os moleculares ganharam a primeira batalha, e a maioria dos antropólogos fósseis terminou aceitando as cifras propostas por Sarich. Como a hipótese darwinista – por não ser científica – é tão plástica que permite "explicar" qualquer coisa, o sangue chegou ao rio.

Mas seja o que for das moléculas, os mais insólitos achados começaram a aparecer.

A hemoglobina (proteína dos glóbulos vermelhos do sangue), por exemplo, apresentou, logo após a sua entrada em cena, um enigmático problema. Certo é que está presente no homem e nos macacos, o que provocou um júbilo enorme e grande transe místico (parece que alguns chegaram à "visão unitiva" com Darwin). O problema é que também está presente em todos os vertebrados. Aqui os aplausos começaram a rarear, e até algumas vozes aconselharam prudência.

Mas não faltaram os imprudentes, seja por excesso de fervor e falta de adequada direção espiritual, ou talvez por algum resto de espírito científico que os impeliu a ser coerentes; não faltaram, digo, os que prosseguissem as investigações e descobrissem que a sobredita hemoglobina – exatamente a mesma classe de molécula – aparecia nas minhocas da terra, nas amêijoas, nalguns insetos e, inclusivamente, nalgumas bactérias (!).

Que horror! E não era para menos: a hemoglobina não aparecia de forma gradual e progressiva, aperfeiçoando-se cada vez mais à medida em que ascendia na escala zoológica – como seria de esperar se a hipótese evolucionista tosse certa – mas aparecia já perfeita em algumas bactérias, logo desaparecia e voltava a aparecer nas amêijoas, depois nas minhocas, etc., sem experimentar nenhuma mudança evolutiva.

Não havia, absolutamente, a mais remota possibilidade de encaixar estes achados em nenhuma árvore genealógica que imaginar se possa. Apesar da imaginação ser a faculdade mais desenvolvida dos cientistas evoIucionistas.
Praticamente obtiveram-se os mesmos resultados com base nos estudos realizados com a proteína citocromo C. Não existem diferenças "evolutivas", isto é, aumento da sua complexidade, entre o citocromo C das bactérias e o do resto dos seres vivos (!).
Mas a coisa não terminou aí. Ocorreu a um investigador fazer o mesmo com outra molécula de proteína humana, fascinante, que se chama lisozima e que está presente nas lágrimas, para defender o olho das infecções. Pobre homem! Creio que sofreu uma grave crise de fé (darwinista), que só pôde superar graças a prolongados jejuns, flagelações e cilícios.

manoel carlos disse...

Comportamentos

Mas os autores evolucionistas, que parecem não entender esta coisa simples, insistem nas semelhanças. E lançando-se na sua busca, alguns antropólogos puseram-se a comparar padrões de comportamento (que é, sem dúvida, tão "válido" como comparar ossos ou moléculas).

O assunto tem os seus antecedentes ali pela década de 20, quando um biólogo (Crookshank, por certo darwinista) sugeriu que os negros (não os nossos, mas os de África) descendiam do gorila porque se sentam no solo da mesma maneira que o faz esse antropóide. Que tal o raciocínio, leitor? Os mongóis – e pela mesma razão – descenderiam do orangotango.
Desnecessário é dizer que este argumento já não é aceite pelos antropólogos; entre outras razões, porque os negros e os mongóis têm, agora, cadeiras para se sentarem.
Mas não creia, leitor, que estas especulações pertencem à "pré-história" da antropologia. Na realidade, e digam o que disserem, a época de ouro do darwinismo foram aqueles ditosos anos; não só porque não se tinha a menor idéia da genética, biologia molecular e todos estes malditos progressos científicos que foram, pouco a pouco, afogando o vôo imaginativo dos investigadores darwinistas, mas também porque naquela época os darwinistas eram sinceros e tinham coragem para dizer o que pensavam, gostassem ou não gostassem.
Assim, o biólogo Klaatch dizia que os negros descendiam do gorila, os mongóis do orangotango (coincindindo nisto com Crookshank) e os caucasianos do chimpanzé; como o leitor vê, nada de "antecessor comum".

manoel carlos disse...

Comportamentos

Mas os autores evolucionistas, que parecem não entender esta coisa simples, insistem nas semelhanças. E lançando-se na sua busca, alguns antropólogos puseram-se a comparar padrões de comportamento (que é, sem dúvida, tão "válido" como comparar ossos ou moléculas).

O assunto tem os seus antecedentes ali pela década de 20, quando um biólogo (Crookshank, por certo darwinista) sugeriu que os negros (não os nossos, mas os de África) descendiam do gorila porque se sentam no solo da mesma maneira que o faz esse antropóide. Que tal o raciocínio, leitor? Os mongóis – e pela mesma razão – descenderiam do orangotango.
Desnecessário é dizer que este argumento já não é aceite pelos antropólogos; entre outras razões, porque os negros e os mongóis têm, agora, cadeiras para se sentarem.
Mas não creia, leitor, que estas especulações pertencem à "pré-história" da antropologia. Na realidade, e digam o que disserem, a época de ouro do darwinismo foram aqueles ditosos anos; não só porque não se tinha a menor idéia da genética, biologia molecular e todos estes malditos progressos científicos que foram, pouco a pouco, afogando o vôo imaginativo dos investigadores darwinistas, mas também porque naquela época os darwinistas eram sinceros e tinham coragem para dizer o que pensavam, gostassem ou não gostassem.
Assim, o biólogo Klaatch dizia que os negros descendiam do gorila, os mongóis do orangotango (coincindindo nisto com Crookshank) e os caucasianos do chimpanzé; como o leitor vê, nada de "antecessor comum".

manoel carlos disse...

Mais ainda, ó formosas épocas em que se exibia – segundo a ordem evolutiva – o crânio dum gorila, logo o do Homem de Neanderthal (que por essa época era considerado pouco mais que um macaco erguido), logo o dum negro, logo o dum irlandês (!) e logo, há que dizer-se ... o dum inglês. A evolução chegava, assim, à perfeição...
Parece que todos os seres dos povos submetidos ao domínio colonial britânico eram sub-homens, comentava com a sua habitual ironia o já desaparecido antropólogo americano Loren Eiseley.
David Pilbeam, atual professor da Universidade de Harvard, crê ver na conduta dos chimpanzés suficientes semelhanças com a do homem, como a sugerir que estes primatas são os seres mais estreitamente relacionados conosco. Jeffrey Schwartz, professor da Universidade de Pittsburg, vê essas semelhanças no orangotango.
Isto de encontrar semelhanças na conduta dos símios e dos homens causou profunda indignação entre os primeiros, que se sentem torpemente caluniados por semelhantes comparações. "Nós cumprimos fielmente a lei natural, ao contrário do que fazem os humanos", dizem os símios, justamente indignados.
Com efeito, acho que se vai realizar um congresso internacional de macacos – sem diferença de sexo, raça ou religião – com o fim de negar explícita e formalmente qualquer parentesco conosco. Muito temo que as conclusões dos antropóides sejam mais sensatas que as dos antropólogos.
Entretanto, uma obscura personagem da cidade de Córdoba, Argentina (se bem que não passe de diletante, e bastante desequilibrado, decerto) crê ver notáveis semelhanças no comportamento de muitos seres humanos com certas espécies de répteis; sobretudo com as serpentes.





A Linguagem

Relacionada com a conduta, há outra linha de investigação que, se bem que não goze de muitos partidários, suscitou há alguns anos grande entusiasmo entre os investigadores deste tema. Refiro-me ao problema da linguagem, essa capacidade maravilhosa, única, exclusiva do ser humano, de expressar o seu pensamento de forma articulada e simbólica, o que marca uma distância abismal entre ele e os animais.

Os pensadores (cientistas e não cientistas) de todas as épocas sensatas entenderam que havia aqui um mistério inabordável, um prodígio sem precedentes, e limitaram-se a aceitar o fato que confirmava, mais uma vez, que o homem é um ser único na natureza.

Mas, apareceu a hipótese darwinista, que transformou o mundo científico na cidadela da estupidez e da cegueira (se levarmos a sério o que dizia Bernard Shaw), e logo não faltaram investigadores que, coerentes com a hipótese, disseram: sim, descendemos dos macacos e somos capazes de falar, logo os macacos também devem ter essa capacidade, ao menos em potência. Então, se nos dermos ao trabalho de os ensinar, também serão capazes de falar.

Dito e feito. Realizaram-se experiências: Lana (uma chimpanzé), Washoe (um chimpanzé), Koko (um gorila) e Sara ( chimpanzé ).
A mais famosa foi a realizada pelo casal Lachman com Lana. Durante vários anos, estes investigadores encerraram-se diariamente na jaula com Lana, tratando, com abnegado e fervoroso afinco, de ensinar-Ihe as ”primeiras letras".

Francamente, desconheço se estes cientistas aprenderam a grunhir corretamente; certo é que, dia a dia, aumentava o seu repertório de grunhidos, mas como poderemos saber se esses grunhidos, segundo os macacos, estão corretos? O que se sabe é que Lana, apesar dos esforços, não logrou articular uma única palavra. Que digo, palavra? Nem sequer alguma forma de comunicação simbólica que fosse além de uma simples resposta condicionada, tais como as que se podem obter de pássaros, ratos ou vermes, como sentenciou categoricamente J. E. Skinner, o "chefe" destes temas.

manoel carlos disse...

Agora digo eu, por que estes investigadores, em vez de tratar tão esforçada como esterilmente de ensinar a falar um macaco, não empreenderam a muitíssimo mais fácil e imensamente mais frutífera tarefa de ensinar a falar o único animal que é capaz de fazê-Io? E em vários idiomas! Sim, leitor, por que não escolheram o papagaio? Eis aqui outro rotundo exemplo do padrão mosaico ou modular de que falamos. Um animal que, inclusivamente nas imaginárias árvores genealógicas evolucionistas, não tem nada que ver com o homem, compartilha com ele esta singularíssima capacidade de emitir sons articulados.

Por que não escolheram o papagaio? Muito simples: porque o papagaio, de acordo com a hipótese darwinista, não é, nem remotamente, antepassado do homem. Ainda que alguns humoristas sustentem que, não sendo o papagaio bem antepassado do homem, seria com certeza da mulher. Mas tal afirmação não tem suficiente apoio científico.


Continuam as Semelhanças

Isto demonstra-nos, mais uma vez, que as semelhanças entre o macaco e o homem, nas quais tanto se insiste, são semelhanças selecionadas de acordo com a hipótese evolucionista. As semelhanças que não encaixam na hipótese, silenciam-se.

Deste modo, como acabamos de ver, na capacidade de emitir sons articulados, característica altissimamente peculiar do homem, somos semelhantes ao papagaio. Quanto à forma, tamanho relativo e posição dos órgãos internos (as vísceras), o animal mais parecido com o homem não é certamente o macaco, mas o porco (noutros aspectos também...). De acordo com a estrutura do pé, o animal mais parecido com o homem é o urso polar. De acordo com o tamanho e forma do cérebro (não apenas maior, mas com um grau de cefalização – isto é, franco predomínio do lóbulo frontal, sede das atividades psíquicas superiores – muitíssimo mais avançado que os símios), o animal mais parecido com o homem é o golfinho. Nos nossos hábitos alimentares (omnívoros), somos muito mais semelhantes, novamente, ao porco e à rata (sem suspicácias, por favor) do que aos macacos, a maioria dos quais são frugívoros. E poderia continuar com uma larga lista de etcétera. Tudo isto não faz mais do que corroborar o que venho dizendo: semelhança não prova parentesco.

Mas há ainda mais. Os cientistas que insistem no tema do parentesco entre o macaco e o homem – baseado nas semelhanças, que não provam absolutamente nada, como vimos – equiparam, devido à sua fé darwinista, parente com antepassado. Mas isto, insisto, em razão da fé darwinista, que nos revela que descendemos do macaco.

Mas, inclusivamente aceitando, para os fins do argumento, que somos parentes do macaco, não poderiam os macacos ser nossos descendentes?

manoel carlos disse...

Conclusão

Como vê, leitor, nesta sucinta análise do tema, só tratei de esboçar os problemas que apresenta a transformação de um macaco num homem, do ponto de vista meramente biológico.

Não mencionei – salvo de passagem – o problema capital da inteligência do homem, que marca uma diferença com o macaco que não é de grau, como sustentam os darwinistas, mas de natureza, já que este problema não pode, sequer, apresentar-se neste contexto.

Pretender explicar a inteligência humana a partir de mutações de acaso atuando sobre o cérebro de um macaco é simplesmente, não saber do que se está falando. Ou, pelo contrário, sabê-lo demasiado bem...

Em suma: alguns macacos têm incisivos e caninos parecidos com os nossos; outros caminham de forma aproximadamente ereta. Algumas moléculas dos macacos são similares às nossas (e de que pretendem os evolucionistas que fossem feitas? De plástico, talvez?).

A Seleção Natural, seja o que for que isso seja, significa que sobrevivem os indivíduos mais fiéis ao tipo (o qual conserva a espécie, não a transforma). E as mutações são absolutamente incapazes de explicar, sequer, a aparição de um órgão novo (novidade biológica).

Onde está a suposta evidência científica de que o homem teve origem no macaco? Em nenhuma parte, por certo. É apenas um dogma de fé; de fé darwinista...

E já sabemos que, perante a certeza da fé, nenhum argumento é efetivo.

(Artigo publicado na Revista SEMPER da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, número 54, Especial Verão de 2001, Lisboa, Portugal.)

manoel carlos disse...

Nota da Revista SEMPER

Apresentamos um artigo de Raúl Leguizamón sobre a tão falada como falaz e fascinante hipótese do evolucionismo.
Confiamos que, ao acabar a sua leitura, os nossos leitores apreciem o trabalho fecundo, mas silencioso e humilde, deste estimado argentino de Córdoba. Para a grande maioria dos nossos leitores, talvez o seu nome seja desconhecido. O seu principal atributo, e aí reside grande parte do seu mérito, é o de ser um estudioso consciente e sincero.
Se bem que resuma o conteúdo dos livros já publicados e dos últimos conhecimentos adquiridos, o ensaio abarca praticamente a totalidade do tema: os fósseis, as moléculas, os padrões de comportamento e, sobretudo, o mecanismo que propõe a conjectura darwinista para explicar a transformação das espécies: a seleção natural e as mutações.
O autor refere abundante bibliografia especializada, na sua maior parte impressa em inglês.
Por este motivo, muitos dos dados e argumentos expostos no artigo constituem uma estreia nos países hispano-arnericanos. O tom fluente, irônico e até trocista que adota, recorda-nos o que dizia o Padre Castellani: "Perante a estupidez entronizada, não há melhor arma que a troça".
Por muito "científicos" que sejam os argumentos evolucionistas e quem os apresenta, realmente não podem ser tomados a sério; fazê-lo, é ir no seu jogo. Por isso, é preciso conseguir que as pessoas se riam de toda esta tontice; e certamente o autor consegue-o, sem por isso rebaixar a qualidade do seu trabalho nem a força da sua argumentação.
Seguindo o conselho de Santo Tomás, de que há que rebater os sofistas com os argumentos dos próprios sofistas, o autor pulveriza a presunção darwinista citando somente autores evolucionistas. Derruba a postura da opinião evolucionista em nome da ciência; daí o atrevido e inclusivamente mal sonante título do artigo, mas que resume de modo claríssimo o seu conteúdo.
Dado que a suposta evidência científica de que o homem se originou do macaco é só um dogma de fé darwinista, trata-se do combate entre a "verdadeira ciência" e a "fé evolucionista".
Publicado na Revista Criacionista número 66 da Sociedade Criacionista Brasileira

________________________________________
Para citar este texto:
Raul Leguizamon - Revista SEMPER - "A Teoria da Evolução contra a ciência e a Fé (O conto do macaco)"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=ciencia&artigo=conto_macaco&lang=bra
Online, 08/02/2010 às 20:27h

manoel carlos disse...

O dogma da evolução

PERGUNTA
Nome: Gleidson Paulo
Enviada em: 08/12/2008
Local: Itacoatiara - AM, Brasil
Religião: Católica
Ao sr Fiddeli a paz de cristo Jesus.Uma vez perguntei a um padre sobre Elias,no qual a Biblia diz que ele foi de corpo e alma p/ o ceu.O padre me respondeu que o autor quiz terminar seus relatos pondo um fim a historia de Elias de forma metaforica,pois quem foi de corpo e alma p/ o ceu foi Jesus e a virgem Maria anunciando desde ja o que acontecera conosco no dia da segunda vinda de cristo.Outra duvida q tenho eh a seguinte: o senhor referindo-se a Elias o chama de Santo,pelo que sei a igreja Catolica nao o trata dessa forma,nem os grandes homens do antigo testamento devido a falta de embasamento historico.
Outra questao levantada eh sobre a teoria da evolucao.Consta em um dos artigos do site que a teoria de Darwin nao tem fundamento.Todos sabem que essa teoria eh a mais aceita pela ciencia. No meu ponto de vista o relato do Genesis quiz expressar verdades religiosas(q Deus criou ceus e terra e tudo que nela provem ),mas sobre como Deus criou as coisas isso cabe a ciencia esclarecer,afinal teologos e o senhor mesmo nao sao cientistas para contradizerem tais coisas.Eu pessoalmente creio que Deus fez o mundo baseado em uma logica, e nao como esta escrito na biblia,pois se pegarmos as sagradas escrituras p/ lermos vemos uma serie de historias fantasiosas q ao analisarmos ao pe da letra parecem ser infantis,mas que no fundo expressam licoes de fe(as proprias parabolas de Jesus tinham linguagem metaforica p/ expressar verdades religiosas).Quero terminar com o ultimo ponto de vista dito em uma de suas cartas.O sr disse que ouve sim o incesto no inicio da criacao,mas que nao teria sido pecado,pois a necessidade justificaria tais acoes.Me desculpe mais eu queria que o sr me explicasse essa justificativa,porque esse ponto de vista religioso continua sendo um pecado. Deus permitiria o incesto?porque necessariamente a humanidade teria surgido de um so casal?
Assim como no genesis diz que o homem veio do barro,sendo isso um absurdo e portanto uma metafora p/dizer que a humanidade foi criada por Deus, porque nao dizer que a origem do homem pode ter vindo de varios casais,que para mim seria um alivio.
Sinceramente eh dificil acreditar que Deus(pura sabedoria)permitiria tal atrocidade.
Quero que Sr comente a minha carta em seu site,pois as minhas duvidas concerteza sao as duvidas de muitos catolicos que amam a verdadeira e unica Igreja a qual eh a de Cristo Jesus,o resto eh tudo seita.
POR FAVOR ME RESPONDA,ESTOU ANCIOSO POR SUA RESPOSTA.

manoel carlos disse...

RESPOSTA

Data 12.12.2008

Muito prezado Gleidson,
Salve Maria.
Todas as dúvidas e perguntas já foram respondidas no site Montfort. Basta procurar as respostas. Mas, para lhe ser atencioso respondo-lhe diretamante.

A Igreja não costuma chamar de Santos nem Abraão, nem Issac e nem outros santos do Antigo Testemento. Entretanto a Elias ela chama de Santo Sim, e ele é cultuado como o santo fundador da Ordem do Carmo. E em Veneza existe a Igreja de São Moisés (San Mosé).
De modo que a regra citada comporta exceções pois todos os personagens que a Sagrada Escritura mostra como modelos são santos sim, mesmo que tenham pecado e se arrependido como o Santo Rei Davi.
Santo Elias não foi para o céu onde se tem a visão de Deus. Ele foi arrebatado por Deus e voltará à terra para combater o anticristo. O prórprio Jesus nos Evangelhos não reprovou essa crença.

A Evolução é "historia da carochinha para adultos", diz um biólogo não católico e evolucionista (Jean Rostand, "Age Nouveau", Fevereiro 1959, p. 12).

A Ciência evolucionista é ateia e falsa. Os argumentos científicos que o estudo da Montfort publicou há anos nunca foram respondidos. Você deveria dizer que a evolução é aceita hoje por muita gente porque muita gente perdeu a Fé. Mas argumentos a favor da evolução não me chegaram refutando nosso estudo.

Nunca fui teólogo. Sou Professor de História.

Se você não crê no que Deus diz na Sagrada Escritura você nem tem fé e nem tem lógica.

O que a Sagrada Escritura conta é que tem lógica. A evolução é que é fábula. Se houvesse evolução até hoje ela deveria existir e ela não existe. Jamais se encontraram fósseis de seres intermédios entre duas espécies E todos os fósseis apresentados pelos cientistas evolucionistas como antepassados do homem, e intermédios entre os animais e os homens se provou que foram todos falsificados. Você não leu o ensaio que a Montfort publicou sobre isso, provando as fraudes da evolução.

O incesto é pecado hoje. Mas, aquilo que é obrigatório por necessidade absoluta é permitido. Por exemplo, é proibido matar, mas se alguém o assalta e vai matá-lo, você tem direito legítimo de se defender matando o agressor .

Todos os homens descendem de um só casal. Por isso, somos todos irmãos enquanto descendentes de Adão e Eva.

Respondi-lhe tudo brevemente. No site estão respostas mais detalhadas.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

manoel carlos disse...

Adão e Eva x evolução

PERGUNTA
Nome: Marcos Soares
Enviada em: 04/01/2011
Local: Curitiba - PR, Brasil
Religião: Católica
Olá amigos.

Sou cristão católico convícto, mas acredito que nós viemos pela evolução, pois a teoria da evolução em nada contraria a fé católica. Adão e Eva são só símbolos. A Biblia diz que Deus fez Adão do barro Eva de sua costela; ora Deus é espírito e é ridiculo pensar que Deus desceu pessoalmente na terra, pegou um punhado de barro e água e começou a modelar Adão. Deus segue à risca o curso normal da vida, prova disso, quando o demônio pediu pra Jesus transformar pedra em pão, Jesus se recusou. Ora, o diabo bem sabe que toda vida vem da terra e até que uma pedra se desfaça, vire terra, depois terra fecunda pode levar milhares ou milhões de anos e Deus não interrompe este ciclo.
Agora, o mais intrigante pra mim é em que momento da evolução Deus "soprou" o espírito da vida imortal. Sabemos que que além do homo sapiens existiram outros como homem de Neandertal, homo erectus etc.
Quando Deus diz: "então os filhos dos Deus, viram que as filhas dos homens eram belas e casaram-se com elas"... não lembro da citação correta e nem onde foi citado. O que quer dizer issso; filhos de Deus e filhos dos homens? E o que significa o fato de comer a maça e saírem do paraíso? A maça em si é só uma simbologia também. O que será que aconteceu na realidade?! Será que foi a desobediência em si? mas desobedecer fazendo o que exatamente? eis minhas questões.
Tenho uma teoria:
Quando o homem atingiu o grau de evolução necessária, Deus dotou-lhes ( homo sapiens ) da alma imortal, todos os outros antes somente tinham alma mortal. Acredito que o homo sapiens, agora FILHOS DE DEUS acabaram por contrair, digamos conjunção carnal com os filhos dos homens de alma mortal quebrando, misturando e digamos que "sujando" a linhagem dos homens de alma imortal. nisso trouxe a mortalidade novamente ao ser humano e para limpar toda esta "sujeira" e recuperar a dignidade, abrir novamente o paraíso veio Jesus, morreu por nós e nos readimitiu à dignidade de filhos de Deus, abrindo novamente o paraíso, porém, cabe agora nós decidirmos ir para lá agindo como verdadeiros filhos de Deus.
Acredito que sendo assim, prova-se de alguma forma o sumisso dos outros homens que não fossem homo sapiens ou filhos de Deus.

Claro que é uma teoria que precisaria ser estudada, fundamentada, mas a grosso modo é isso.

Gostaria que falassem o que acham.

Saudações
Marcos Soares

manoel carlos disse...

Prezado Marcos,
salve Maria!
Sua carta é bastante oportuna. Temos defendido que teoria da evolução, em todas as suas variações, contém erros de princípios, sofismas e um fundo doutrinário e religioso. E todo erro de princípios leva a consequências desastrosas, comprometendo a ordem natural. É o que se observa em sua “teoria”.
Obviamente, sua “teoria” não é novidade pra ninguém nem é algo recente. Eu arriscaria dizer que muito do que você propõe são erros quase tão antigos quanto o homem.
Resta saber se você pensou tudo isso sozinho ou se lhe sopraram tais relinchos científico-religiosos. Considerarei que você pensou em boa parte “sozinho”, supondo-lhe alguma ingenuidade. Pois alguém que se diz “católico convicto” e defende tantas ideias contra a doutrina católica, ou tem muita má intenção, ou repete ingenuamente papagaiadas que ouviu em algum sermão modernista.
O fato é que um erro metafisico ou doutrinário pode gerar uma série de sofismas e conclusões tortas. O principio errado, no caso, é o da evolução do ser como lei universal, esse dogma moderno, a partir do qual você criou uma teologia própria. Para isso, adequou as sagradas escrituras a ela e, até mesmo, foi obrigado a anular a verdade histórica narrada no gênesis, para que prevalecesse a ideia de que tudo evolui. E, como se não bastasse, enquadra a narração literal do gênesis como ridícula.
A doutrina católica foi substituída pela igreja evolucionista. E ridicularizada.
Com isso, você simplesmente compartilha e repete os erros da cabala, do nazismo, de doutrinas orientais as mais irracionais, da eugenia e do modernismo, para citar os principais.
É a cabala judaica que ensina que o homem tem duas almas, uma mortal e animal e uma imortal, embora eles divinizem esta última e você não tenham chegado até lá, faltando pouco. Mas eles dizem que somente alguns têm essas duas almas e que a maioria dos homens são dotados apenas de alma animal.
É o nazismo que buscava, de uma forma aplicada à base da força, a purificação de uma linhagem humana superior, separando-a da linhagem impura.
São as doutrinas orientais que sustentam que toda vida vem da terra, ou seja, que há um principio vital imanente na matéria bruta, que pela evolução se desabrocha.
É a eugenia que, como o nazismo, busca a limpeza da humanidade, por meio da evolução, difundindo todas as práticas que hoje se vê, como controle de natalidade, aborto, terapias mil, uso de células-tronco embrionárias, fertilização in vitro, etc.
É o modernismo triunfante que juntou todas essas doutrinas, travestiu-as de cristianismo e substituiu a doutrina ensinada por Cristo por meio dos apóstolos, papas e pela tradição católica.
Meu caro Marcos, essa sua doutrina, que nada tem de novidade, nada tem de católica nem de verdadeira. Para um “católico convicto”, nada há de católico no que você defende.
Por exemplo: você defende a poligenia. Essa doutrina condenada traz erros graves à fé, pois a Redenção não se aplicaria a todos os homens, mas apenas àqueles (que você insinua terem alma imortal) que pecaram. E os filhos desse casamento entre homens e “semi-homens”, teriam que tipo de alma? Pela sua teoria, nem todos os homens herdaram o pecado original. E o pecado de Adão, dito original, ao contrario do que você defende, não foi uma ato conjugal ilícito cometido pela humanidade. Isso é repetido por diversas doutrinas esotéricas e místicas as mais diversas. E por aí, os erros contra a Fé se multiplicariam indefinidamente. E o que vai contra a Fé não é católico............

manoel carlos disse...

Por tudo isso, o melhor é jogar fora redondamente sua “teoria”, e voltar ao catecismo. O que há de errado com o catecismo? Acaso a Igreja, indefectível, perfeita e infalível, erraria no ensinamento que salva suas almas? Onde há, no gênesis, alguma passagem que permita uma leitura de que a vida surgiu pela evolução? Você diz: “Ora, o diabo bem sabe que toda vida vem da terra e até que uma pedra se desfaça, vire terra, depois terra fecunda pode levar milhares ou milhões de anos e Deus não interrompe este ciclo.” Portanto, quem insinua a verdade, na tentação de Cristo, é o diabo e a Igreja escondeu a verdade e ensinou mentiras por dois milênios?
E para concluir, “Deus não interrompe este ciclo”... “ciclo”? Além de evolução, ainda há ciclo vital?...espero que não arrisque enfiar uma reencarnação em tudo isso.
Me dê uma prova concreta de evolução. Você somente saberá repetir o que viu nos livros ginasiais, que ensinam princípios e sofismas, que mentem descaradamente sobre fatos científicos, para que o estudante, num lampejo de inteligência, imagine que o homem decaído morre por ter se misturado com animais.
Esperando que aproveite bem – humildemente - as lições do catecismo, despeço-me.
No Coração de Maria Santíssima,
Fabio Vanini

manoel carlos disse...

Raul Leguizamon - Revista SEMPER - "A Teoria da Evolução contra a ciência e a Fé (O conto do macaco)"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=ciencia&artigo=conto_macaco&lang=bra
Online, 25/11/2012 às 22:12h